Ações de prevenção e combate aos incêndios florestais contribuem na redução das pressões e ameaças do fogo nas Terras Indígenas (TIs). Para fortalecer as estratégias indígenas de gestão territorial e ambiental a CPI-Acre, em suas linhas de ações para proteção territorial e monitoramento, iniciou o projeto “Prevenção e combate de queimadas em Terras Indígenas”.

Duas terras indígenas foram contempladas tendo em vista o significativo grau de ameaças em seus entornos e o preocupante cenário das queimadas: i) A TI Mamoadate que vem sofrendo com invasões e impactos provenientes de abertura de ramais para exploração da madeira, além do alto índice de focos de calor registrados em seu entorno: foram registrados mais de 4.000 focos de calor entre os meses de julho a setembro de 2019, enquanto que na TI foram detectados apenas 44 focos (Programa Queimadas / INPE). ii) Na TI Katukina-Kaxinawa os focos de queimadas nos dias 1 a 20 de setembro de 2019 chegaram a 210 em uma faixa de 10 km do entorno da TI. Dentro de seus limites foram detectados 22 focos (INPE, Programa Queimadas). Vale ressaltar que o município de Feijó, onde está localizada a TI Katukina-Kaxinawa, lidera o ranking entre os municípios com a maior área de desmatamento e degradação, com cerca de 90 km² entre os meses de julho, agosto e meados de setembro de 2019 (DETER/INPE).

As iniciativas indígenas e as linhas de ações institucionais se consolidam para responder às necessidades prioritárias em relação às queimadas, monitoramento, combate ao desmatamento, no contexto da proteção, gestão territorial e ambiental.