Encontro reuniu indígenas e organizações do Brasil e do Peru. (foto: Malu Ochoa)

Lideranças dos povos Ashaninka, Ashéninka, Amahuaca, Nomatsigenga, Nukini, Shipibo, Yaminahua, Yanesha e Kakataibo e representantes das organizações indígenas AIDESEP-ORAU, ACONADIYSH, ACCY, AACAPPY, OPIRJ, APIWTXA, junto com as organizações da sociedade civil Comissão Pró-Indígenas do Acre (CPI-Acre), Instituto Fronteiras, Upper Amazon Conservancy (UAC), Conservação Alto Amazonas e Asociacion Pro Purus do Peru, reuniram-se de 05 a 07 de outubro, na cidade de Pucallpa, departamento de Ucayali no Peru, para a 7ª Reunião da Comissão Transfronteiriça Juruá/Yurua/Alto Tamaya.

No encontro, os participantes discutiram as principais ameaças aos territórios indígenas, demostrando preocupação especialmente com construção da estrada Nueva Itália a Puerto Breu (UC-105). Apesar das manifestações, as autoridades peruanas continuam avançando com projetos de infraestrutura sem consulta aos povos indígenas e sem estudos de impacto ambiental.

A comissão também esteve presente na 14ª Reunião Anual da Força Tarefa dos Governadores para o Clima e florestas (GCF), realizada em Pucallpa. As lideranças indígenas entregaram ao governo de Ucayalli o “Diagnóstico Transfronteiriço – Fortalecimento das estratégias e ações dos povos indígenas do Yurúa, Alto Tamaya (Peru) e Alto Juruá (Brasil)”, e cobraram ações concretas para a proteção das florestas do governadores do  GCF, principalmente de Ucayali e Acre, que promovem projetos econômicos e de infraestrutura numa região de fronteira sem levar em conta as áreas naturais protegidas, populações indígenas e tradicionais e de povos indígenas em isolamento voluntário,

Ao final da 7ª Reunião, foi divulgado o documento de posicionamento chamado “DECLARACIÓN DE PUCALLPA”, com as principais demandas e encaminhamentos da Comissão Transfronteriça. Leia AQUI o documento em português.

 

 

Lideranças indígenas entregaram o “Diagnóstico Transfronteiriço” ao governo de Ucayalli. (foto: Malu Ochoa)