Francisca Arara (dir.), assessora política da AMAAIAC, apresenta experiência dos agentes agroflorestais indígenas no Acre (Foto: AMAAIAC)

A Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre (AMAAIAC) está em Porto Velho participando do 3º Curso de Formação dos Agentes Ambientais Indígenas no estado de Rondônia. O curso teve início no dia 29 de junho e finaliza nesta terça-feira, 2, e foi organizado pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) para 30 alunos dos povos Parintintin e Jiahui.

O intercâmbio é uma troca de experiência sobre o papel do agentes agroflorestais indígenas (AAFIs) nas suas Terras Indígenas (TIs) no Acre. “Mostramos como os AAFIs fazem o manejo e enriquecimento dos sistemas agroflorestais, viveiros e sementeiras, o reflorestamento das capoeira e matas ciliar e principalmente, a valorização das plantas e medicinas tradicionais dizendo não às sementes hibridas e venenos”, conta Francisca Yaka Arara, assessora política da AMAAIAC.

A AMAAIAC é uma referência no trabalho de gestão territorial e ambiental . (Foto: AMAAIAC)

 

A AMAAIAC é uma referência no trabalho de gestão territorial e ambiental, tendo com uma atuação sólida como organização indígena há quase duas décadas. Hoje sua principal luta é pelo reconhecimento da categoria dos AAFIs e a remuneração efetiva pelo trabalho que fazem nas terras indígenas, além da formação no ensino médio profissionalizante. Por esse histórico reconhecido foi convidada para falar do papel dos agentes agroflorestais na regularização do clima e das políticas públicas para os povos indígenas no Acre, especialmente sobre a implementação da PNGATI. “No Acre há uma parceria de muitos anos com o estado, que não existe em outros lugares, e é através desse trabalho que valorizamos nossos territórios e direitos”, finaliza Francisca.