Durante quatro dias o Comitê Chico Mendes e a Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre), em parceria com a Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre (AMAAIAC), a Associação dos Produtores e Produtoras do Seringal Floresta e Adjacências (ASPAFA), o Coletivo Varadouro e a Associação Feminina Força da Mulher Rural do Rio Liberdade (Associação Mulher Flor) realizam em Xapuri duas oficinas para jovens comunicadores ativistas, promovendo intercâmbios de conhecimentos entre jovens extrativistas e indígenas.
As oficinas tiveram início nesta terça-feira, 16, com cerca de 60 jovens de diferentes Territórios da Reserva Extrativista Chico Mendes e das Terras Indígenas Poyanawa, Nukini, Kaxinawá da Praia do Carapanã, Kaxinawá do Baixo Rio Jordão e Mamoadate, além de jovens do contexto urbano de Xapuri, Plácido de Castro e Rio Branco. Pela manhã está sendo realizada a oficina “Teatro: Arte, Pensamento e Ação”, com Marcos Luanderson e Pate Saturno, e no período da tarde a oficina “Ativa: Comunicação como Meio de Transformação”, ministrada pela comunicadora Luiza de Lima.
O principal objetivo das oficinas é oferecer a jovens lideranças ferramentas de comunicação e engajamento para levar o ativismo a um nível mais estratégico, com possibilidades de incidência nacional e internacional. Ao amplificar as vozes das organizações de base das comunidades tradicionais e povos originários de territórios amazônicos potencializamos suas condições de influenciar políticas públicas, fortalecendo as lutas e capacidades de atuação e intervenção nas agendas culturais, socioambientais e climáticas, por meio do ativismo e da comunicação.
Por meio do teatro e da expressão corporal, os jovens são convidados a explorar formas de comunicação não verbal, utilizando o corpo como instrumento de empoderamento. Por sua vez, a oficina de comunicação visa ao aprimoramento da capacidade de expressão de ideias (clareza, criatividade, protagonismo, assertividade e persuasão, entre outras habilidades) dos participantes, que se envolvem ativamente nos processos de tomada de decisão de suas organizações.
Esta ação faz parte do projeto Proteção de Povos Indígenas e Tradicionais do Brasil, financiado pelo Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, por intermédio da rede WWF. A realização é feita por um consórcio de parceiros formado por Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre), Comitê Chico Mendes, Fiocruz, Fiotec, Imaflora, Kanindé, Pacto das Águas, Projeto Saúde e Alegria (PSA) e WWF-Brasil. (Assessorias da CPI-Acre e Comitê Chico Mendes)