No dia de 17 de março, foram confirmados os primeiros casos de coronavírus no Acre e, três dias antes, 14, divulgamos a nota _Txai, Atenção! _que alertava a população indígena para o avanço do vírus no estado. Na sexta-feira (03), o Boletim Covid-19 – Acre, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde apontou que já são 46 pessoas infectadas, a maioria delas na capital, Rio Branco. O cenário da doença no mundo nos mostra que o avanço da epidemia é muito maior e é grande o número de casos que não são notificados. O contágio é acelerado e exige medidas radicais de isolamento e distanciamento social!
No Acre uma preocupação também é com os indígenas que estão fora do estado, em trânsito, que passam obrigatoriamente por Rio Branco antes de retornar para suas Terras Indígenas. A Fundação Nacional do Índio (Funai) informou que há um levantamento – ainda preliminar- onde pelo menos 40 indígenas estão retornando para suas terras aqui no estado nas próximas semanas. Os órgãos públicos – Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), Funai, o Departamento de Vigilância em Saúde do Acre/ Divisão de Vigilância Epidemiológica estão somando esforços para a realização dos testes destes indígenas em Rio Branco, seguindo o protocolo do Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo Coronavírus (Covid-19) do Ministério da Saúde.
A CPI-Acre está em contato permanente com lideranças indígenas e intensificando a divulgação de informações para a prevenção da Covid-19. Também estamos em contato com a Sesai, Funai, Secretaria de Estado de Saúde (SESACRE) – Núcleo Telessaúde e Policlínica do Tucumã e o curso de Medicina da Universidade Federal do Acre (UFAC), acompanhando a situação dos indígenas que estão fora dos seus territórios e iniciando a quarentena, para que depois possam seguir para suas Terras Indígenas com segurança. Desde o anúncio do primeiro caso da Covid-19 no Acre, muitas lideranças iniciaram o isolamento voluntário, bloqueando o trânsito de não indígenas nos seus territórios. A prioridade é somar esforços para evitar que esta pandemia chegue nas Terras Indígenas, e por isso estamos discutindo parcerias para apoio concreto à algumas situações de emergência.
Txais, vocês estão mais protegidos ficando nas aldeias!