Nesta semana, foi iniciada a segunda oficina sobre proteção territorial, no Centro de Formação dos Povos da Floresta (CFPF), em Rio Branco. A oficina irá abordar o monitoramento comunitário com uso de aplicativo, compondo a estratégia de proteção territorial, que foi iniciada na semana passada com indígenas da TI Nukini. Desta vez, as atividades estão sendo construídas com os Agentes Agroflorestas Indígenas (AAFI), do povo Huni Kuῖ, das TI Kaxinawa do Rio Jordão e TI Kaxinawa do Baixo Rio Jordão. A oficina é coordenada pela CPI-Acre, no âmbito do consórcio Aliança entre Indígenas e Extrativistas pelas Florestas do Acre, apoiado pela Rainforest Foundation da Noruega.
Seguindo os protocolos de segurança para prevenção da COVID-19, foi realizada a testagem com os indígenas, os professores, a equipe técnica e auxiliar, que serão testados novamente quando voltarem para as terras indígenas, garantindo a segurança de todas pessoas envolvidas.
No primeiro dia de oficina, a abertura foi realizada com uma apresentação cultural, seguida de conversas sobre a importância de monitorar os territórios indígenas e seus entornos e de discussões relativas às atividades já realizadas no âmbito da proteção territorial nas TI. Ainda irá acontecer uma etapa sobre o uso de tecnologias sociais, com atividades práticas de uso de mapas, smartphones, aplicativos para o monitoramento e GPS, até o último dia de atividades, na terça (02).
“Tem que ter a ferramenta pra trabalhar e nós temos que ter a prática, aprender pra poder trabalhar com esses equipamentos. Temos que ter material, mas antes disso, temos que ter oficina, diálogo. Celular não é só para ligar, para ver vídeos, é um material de trabalho”, comenta o AAFI Josias Maná, da aldeia Boa Esperança, TI Kaxinawa do Rio Jordão.
O ciclo de oficinas ocorrerá até o início de dezembro, atendendo cinco terras indígenas: TI Nukini, Rio Jordão, Baixo Rio Jordão, Mamodate e Kaxinawa do Rio Humaitá.