A terceira oficina sobre monitoramento territorial comunitário com uso de aplicativo foi iniciada nesta semana no Centro de Formação dos Povos da Floresta (CFPF), em Rio Branco, compondo a estratégia de proteção territorial. As atividades foram realizadas com indígenas dos povos Manxineru e Jaminawa, da TI Mamoadate.
Assim como as atividades anteriores, com participantes das TI Nukini, Kaxinawa do Rio Jordão e Kaxinawa do Baixo Rio Jordão, a oficina desta semana foi construída a partir de discussões sobre o uso de tecnologias sociais, com atividades práticas de uso de mapas, smartphones, aplicativos para o monitoramento e GPS. Todas as atividades foram realizadas com os protocolos para prevenção da COVID-19, garantindo a segurança de todos(as) participantes.
A proteção dos indígenas em isolamento voluntário foi um tema abordado nesta semana pelos(as) participantes, que realizam o monitoramento territorial da TI Mamoadate com o objetivo de acompanhar as dinâmicas de deslocamento desses grupos que vivem na região. Os(as) participantes discutiram sobre as pressões e ameaças territoriais, destacando a presença de caça ilegal, pesca predatória, retirada ilegal de madeira e outros ilícitos no entorno da TI, que demandam estratégias de ação específicas. Além disso, foi ressaltada a necessidade de monitoramento nos Sistemas Agroflorestais (SAFs), com o intuito de realizar um diagnóstico para garantir e ampliar a segurança alimentar no território.
A oficina com indígenas da TI Mamoadate é coordenada pela CPI-Acre, no âmbito do consórcio Aliança entre Indígenas e Extrativistas pelas Florestas do Acre, apoiado pela Rainforest Foundation da Noruega. Esta atividade também ocorre no contexto da estratégia territorial, com a parceria dos monitores indígenas e com apoio da Rainforest Foundation da Noruega, WWF-Brasil e UICN-Brasil.