Inicia nesta quarta-feira, 19, as 14h no auditório Manoel Alves da Universidade Federal do Acre (UFAC), em Rio Branco, a “Oficina de Treinamento sobre Ferramentas Tecnológicas e Plataformas de Monitoramento Ligadas à Governança Territorial”, realizada pela União Internacional para Conservação da Natureza (UICN) em parceria com a Comissão Pró Índio do Acre (CPI-Acre).

A oficina terá duração de dois dias, em formato teórico e prático, somente para participantes inscritos que poderão acompanhar as palestras no modo presencial. O evento irá reunir monitores indígenas e das comunidades tradicionais do Acre, Agentes Agroflorestais Indígenas (AAFIs), representantes da sociedade civil e das entidades públicas ligadas à governança territorial de Áreas Naturais Protegidas no Acre, com o objetivo de proporcionar um espaço de diálogo e intercâmbio sobre a plataforma regional Geovisor e outras ferramentas e plataformas tecnológicas ligadas ao monitoramento de base comunitária e à governança territorial.

 

 

 

 

Sobre a CPI-Acre

A Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre) é uma organização da sociedade civil brasileira fundada em 1979, sem fins lucrativos, com sede em Rio Branco, capital do estado do Acre. Sua missão é apoiar os povos indígenas que vivem no Acre em suas lutas pela conquista e o exercício de seus direitos coletivos – territoriais, ambientais, linguísticos, socioculturais – por meio de ações que articulem a gestão territorial e ambiental das terras indígenas, a educação intercultural e bilíngue e as políticas públicas.

https://cpiacre.org.br/

 

Sobre a UICN

A UICN é uma União de Membros composta por Estados soberanos, agências governamentais e organizações da sociedade civil. A UICN põe à disposição das entidades públicas e privadas e não governamentais, os conhecimentos e as ferramentas que possibilitam, de maneira integral, o progresso humano, o desenvolvimento econômico e a conservação da natureza.

Criada em 1948, a UICN se tornou a maior rede ambiental e de diversidade do mundo. A UICN conta com a experiência, com recursos que alcançam mais de 1.400 organizações membro, e o apoio de mais de 18.000 especialistas. A UICN é um dos principais fornecedores de dados, avaliações e análises sobre conservação ambiental. Sua extensa e diversa membresia faz da UICN uma incubadora e depositária confiável das melhores práticas e ferramentas de conservação, assim como de diretrizes e padrões internacionais.

A UICN proporciona um espaço neutro em que atores diversos, incluindo governo, ONGs, cientistas, empresas, comunidades locais, grupos indígenas, organizações religiosas e outros possam trabalhar juntos para criar e implementar soluções para os desafios ambientais, obtendo um desenvolvimento sustentável.

http://www.uicn.org/es

https://twitter.com/IUCN/

 

Sobre o projeto Amazônia 2.0

 O projeto Amazônia A2.0 (A2.0) busca ações viáveis para contribuir com a redução do desmatamento de florestas tropicais em seis países: Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname. Para tanto, as capacidades de organizações indígenas e tradicionais de seis territórios da bacia amazônica estão sendo fortalecidas através do estabelecimento de uma rede monitoramento de base comunitária e da articulação de uma plataforma social e tecnológica que apoia a disseminação e o processamento de informações sobre as ameaças às florestas e as ações tomadas para mitigá-las; o projeto também conta com uma rede de parceiros para promover uma agenda de incidência em políticas públicas (advocacy) a nível regional com base nos modelos de gestão territorial gerados.

A2.0 é uma iniciativa regional colaborativa financiada pela União Europeia Amazônia 2.0, e implementada desde 2017 sob a coordenação da IUCN Sul, juntamente com a IUCN Brasil, Fundación Natura (Colômbia), Fundación EcoCiencia (Equador), ECO REDD (Peru), Amazon Conservation Team – ACT (Suriname) e Amerindian Peoples Association – APA (Guiana).

No Brasil, o projeto tem atuado no estado do Acre nas Terras Indígenas Alto Rio Purus e Mamoadate; bem como no Parque Estadual Chandless, territórios que formam um mosaico de áreas protegidas onde vivem diferentes grupos étnicos e que juntos constituem uma área contínua de maciço florestal com mais de 1 milhão de hectares, e desmatamento acumulado de apenas 0,28%. Apesar disso, por estarem na linha de fronteira, a região está sujeita a diversas ameaças como tráfico de recursos florestais e vida selvagem, tráfico de ilícitos, invasões de terra, queimadas, entre outras e, por isso, o projeto trabalha na região fortalecendo ações de base comunitária, tanto de monitoramento da biodiversidade, como de vigilância territorial e incidência.

https://amazoniadospuntocero.com/pt