ilustração: Acelino Sales Tuî Kaxinawa
A CPI-Acre vem ao longo de 40 anos atuando junto a 13 povos indígenas no Acre – Huni Kuĩ (Kaxinawa); Ashaninka; Yawanawa; Puyanana; Noke Ko’í (Katukina); Nukini; Nawa; Manxineru; Jaminawa Arara; Jaminawa; Shanenawa; Shawãdawa; Apolima Arara -, pertencentes a 30 das 35 Terras Indígenas no estado. Com essas populações, seja nos territórios indígenas ou em espaços urbanos, a CPI-Acre desempenha ações nas principais áreas trabalhadas na instituição: Gestão Territorial e Ambiental, Dinâmicas Transfronteiriças Brasil-Peru e Políticas Públicas.
São realizados encontros, fóruns, seminários, oficinas e reuniões de núcleos e câmaras técnicas que buscam o fortalecimento das organizações indígenas e processos de articulação regional, assim como a ampliação de temas na área do direito indígena, acesso à justiça e políticas públicas. Nos cursos de formação dos agentes agroflorestais indígenas – como nas formações anteriores de agentes de saúde e professores indígenas – diferentes povos trocam conhecimentos tradicionais e novos conhecimentos, intercambiando saberes da floresta sobre formas de gestão e uso da terra. Nas Terras Indígenas, as assessorias e oficinas de etnomapeamento e elaboração dos Planos de Gestão Territorial e Ambiental envolvem a comunidade do entorno na busca de soluções para problemas comuns.
A atuação da CPI-Acre é fundamentada na escuta e na articulação entre diversos atores indígenas (professores, agentes de saúde e agentes agroflorestais indígenas, parteiras, lideranças, associações, mulheres e jovens), com ações pautadas na troca de informação e conhecimento (interétnico, intercultural, interinstitucional), valorizando-se o conhecimento indígena e contribuindo para a formação técnica e política, tendo como princípio norteador o fortalecimento, protagonismo e autonomia indígena.